2 de novembro de 2010

EU VOU TE AMAR, PRA SEMPRE!

As lágrimas caem e você já não se dá o trabalho de limpá-las, elas sempre voltam. Você coloca a sua música preferida pra tocar e nem ela te anima, pois em algum momento você escuta algo, naquela música que costumava ser reconfortante, que lhe traz mais dor. Perder nunca foi bom e meu único aprendizado quanto a isso é que sempre poderia ter sido melhor. No meio das lágrimas e falta de ar, aparece um enjoo incontrolável. Você não está passando mal, só que a dor é tão grande que atinge todos os pontos possíveis. Seu coração se comprime, você fica quente e começa a ficar sem reação. A dor piora, a cada mísero minuto. Não tem ninguém por perto pra te abraçar, você está sozinha e se sente mais sozinha ainda. As vezes parece que tudo dá errado, e dá mesmo. As vezes parece que as coisas não tem saída, e não têm mesmo. As vezes parece que nem o tempo vai resolver, vai curar, vai reconstruir... mas ele reconstrói, pelo menos um pedaço. Eu não to falando de dor de um relacionamento acabado, amanhã você vai amar outro, tenha certeza. Eu to falando das dores da perda eterna, sabe? Quando você só pode ver a pessoa de novo nos seus sonhos, quando ela sofre e você não pode fazer nada. Quando ela encosta a cabeça no seu joelho e tenta respirar, só mais um pouco, só pra tentar ficar do seu lado por mais um tempo, só pra aproveitar mais um minuto com você. Não tem mais o que fazer... as chances acabaram e agora basta abraçá-la. O último abraço, o mais comprido e doloroso de todos, o que vai ficar guardado na memória. O abraço de dor. O fim.

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